O que é Fordismo

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O que é Fordismo

Fordismo: você sabe o que é? O nome certamente remete a outro, bastante famoso, certo? Pois é isso mesmo: o fordismo foi criado pelo empresário norte-americano Henry Ford, responsável pela fundação da Ford Motor Company, em meados de 1914.

De forma simplificada, trata-se de um sistema de produção industrial que tem como objetivo produzir de forma mais rápida, com custos menores e o máximo de eficiência. Parece irreal? Funcionou tanto que, como sabemos, dezenas de empresas adotaram o método em questão.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre o fordismo, explicando os seus pilares e o seu funcionamento na prática. Confira.

Fordismo e seus princípios 

A linha de montagem automatizada foi uma das maiores inovações deste sistema. Ford desenvolveu, em suas fábricas, um sistema de esteiras que direcionavam os veículos para os trabalhadores, os quais mantinham-se nos mesmos lugares e tinham uma função específica.

Charles Chaplin, em seu filme “Tempos Modernos”, faz uma representação cômica do que se trata o sistema de montagem fordista: o trabalhador, que outrora era responsável por todo o processo de produção, agora tem uma função específica, que obviamente é fundamental para o todo, mas não envolve o todo. 

Na prática, cria-se um trabalho cada vez mais especializado.

Os críticos dizem que, a partir da implementação do sistema de montagem, o trabalhador tornou-se estranho ao próprio trabalho. Como assim? Pensemos: se ele era, em outro momento, responsável pelo começo, meio e fim de determinado processo, ele teria o expertise necessário para cumprir todas as fases da produção. 

Com o trabalho especializado, ele não tem mais esse domínio, o que faz com que assuma uma única atividade e, geralmente, não saiba fazer o resto.

Para as empresas, isso representa outra coisa: com um sistema mais rápido, onde o carro literalmente tem tempo para passar na esteira (e na frente do trabalhador), você faz com que ele se adeque ao ritmo da máquina, desempenhando sempre a mesma função. 

Cria-se um processo mais organizado e mais rápido, já que tudo é contado e segue uma ordem lógica, que não permite atrasos e, claro, acelera o ritmo do trabalho como um todo.

Pilares do fordismo

O fordismo funciona a partir de três princípios: economia, intensificação e produtividade.

A economia diz respeito à quantidade de peças em estoque: como é possível calcular a quantidade de artigos que serão feitos o que é preciso para completar cada unidade, não é necessário ter um estoque alto de nada. Tudo é contado, o que faz com que não haja desperdício, além de “enxugar” os custos.

A intensificação está ligada à diminuição do tempo de produção, mas também ao tempo de espera, que fica cada vez menor, da entrega do produto ao consumidor final.

A produtividade, como o nome sugere, está ligada à mão-de-obra especializada: com a repetição do trabalho cotidiano e a esteira de produção, os trabalhadores fazem mais em menos tempo, como citamos no tópico passado.

Consequências do fordismo

A modernização da produção dentro das fábricas gerou um estímulo ao consumo de massa: afinal, de nada adiantaria ter uma quantidade grande de produtos prontos e um público consumidor pequeno. A ideia era, exatamente, gerar o que chamamos de consumo de massa.

Para que isso acontecesse, seria necessário que o consumidor tivesse poder de compra e que os produtos estivessem dentro de uma faixa de preço acessível, o que faz sentido quando falamos sobre produzir mais e com menos recursos. 

Ford, com o intuito de fazer com que seus carros fossem comprados por mais pessoas, defendia o aumento do salário para os trabalhadores.

Outra consequência do novo sistema foi a diminuição das opções de consumo, por razões até simples: se temos uma esteira de produção onde cada um tem uma função específica, que é repetitiva, não haverá grande variação entre um produto e outro. O resultado final será sempre o mesmo.

O fordismo é o símbolo da segunda fase da Revolução Industrial e está ligado ao aumento das indústrias e ao estímulo ao consumo de massa. O modelo, embora tenha começado em fábricas de automóveis, foi logo adotado por companhias de outros setores, como o têxtil.

O fordismo entrou em declínio a partir da década de 70 (sim, do século passado!), por conta de um novo sistema de produção, agora criado pelos japoneses. O nome? Toyotismo. Como você pode imaginar, também diz respeito ao sistema de produção de uma grande companhia automotiva.